Condeixa no mapa (clique para aumentar)

A União das Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova foi criada pela Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro, agregando as antigas freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova.

É a maior das 7 freguesias que constituem o concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, sendo também a sede de concelho.

Os lugares de Condeixa-a-Nova e Condeixa-a-Velha esteviveram sempre ligado a Conímbriga, cidade romana nascida no séc. II a.c., da qual só restam presentemente as suas ruínas. Implantada num promotório rochoso, Conímbriga conheceu um período de crescimento e prosperidade que durou mais de 4 séculos. Com o declínio do império romano e após as invasões Bárbaras, Conímbriga terá sido definitivamente abandonada depois da reconquista do território de Coimbra por Afonso II das Astúrias, no séc. XI d.c. Os poucos habitantes que ficaram, fundaram a atual Condeixa, mais a norte.

Condeixa-a-Velha é um remanescente vivo da cidade de Conímbriga, isto porque depois do seu definitivo abandono, parte da população ter-se-ia fixado mais a norte, constituindo um agregado populacional - não muito apartado, assim, do velho oppidum de Conímbriga - que viria a dar origem a Condeixa-a-Velha. Em 1086 escreve-se, talvez pela primeira vez, o nome de Condexe (que proviria da expressão "como a deixa", que regista a tremenda impressão causada pela destruição de Conímbriga às mãos dos bárbaros), pelo que a data da sua fundação remontará seguramente a um período anterior à monarquia.

Em meados do século XIII, Condeixa ocuparia uma área não superior a 800 m2, entre a igreja e a atual Rua Wenseslau Martins de Carvalho (Rua Nova). A primeira referência em manuscritos data do ano de 1219 onde Condeixa-a-Nova aparece assim mencionada, para se distinguir de outra Condeixa (a Velha).

Julga-se que inicialmente o povoado era um "casal chamado Outeiro", no meio de terrenos pertencentes a diversos proprietários. Só no século XVI é que o lugar foi elevada a freguesia, pois conta-se que D. Manuel I passou por aqui em 1502, a caminho de Santiago de Compostela, tendo-lhe concedido foral, a 3 de Julho de 1514, a pedido dos seus habitantes.

Na época quinhentista, Condeixa era uma das principais localidades da zona de Coimbra, sendo já atravessada pela Estrada de Lisboa (antiga E.N.1, actual IC2), tendo sido constituida como freguesia em 1541. Com a epopeia marítima dos Descobrimentos, Condeixa conhece franca prosperidade e são construídos alguns palácios e solares, habitados por famílias nobres, dos quais se destacam o Palácio dos Sotto Mayor, Palácio dos Sás e Palácio dos Figueiredos, entre outros. É neste período que é construída a melhor arquitectura barroca da vila.

Este progresso viria a ser abruptamente interrompido pela 3ª Invasão Francesa, em Março de 1811. As tropas de Napoleão comandadas pelo General Massena, depois de derrotadas no Buçaco, semeiam terror e destruição na vila e arredores, saqueando e ateando fogo aos principais edifícios de Condeixa, onde nem se quer a igreja foi poupada.

Com a implantação da República e no primeiro quarto do século XX, Condeixa vive outro período de desenvolvimento e progresso. Em 1900 já havia 414 focos habitacionais e 1692 habitantes. Até aos dias de hoje, Condeixa passou por alguns altos e baixos, tendo sofrido com o êxodo das populações rurais para as grandes cidades e com as Guerras de Ultramar.

Em finais da década de 90, Condeixa vê a sua população aumentar de forma significativa, devido esencialmente ao aumento da construção e às optimas condições para fixação da população, fruto da sua proximidade a Coimbra. No virar do século XXI, Condeixa foi das freguesias que registou maior aumento populacional na região centro.

 

Brasão de Condeixa-a-Velha

Brasão de Condeixa-a-Velha

Escudo de ouro, pano de muralha firmado nos flancos, sustendo duas colunas derribadas, tudo de vermelho e realçado de prata: Em chefe, ramo de três espigas de centeio de verde, atados de púrpura e, em ponta, arruela de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "CONDEIXA-A-VELHA".

 

 

 

 

 

 

Brasão de Condeixa-a-Nova

Brasão de Condeixa-a-Nova

 Escudo de verde, duas liras de ouro cordoadas e realçadas de negro, alinhadas em faixa, entre travessa de prata decorada de azul, em chefe e mó de prata aberta do campo. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "FREGUESIA de CONDEIXA-A-NOVA".

 

 

 

 

 

 

 Lugares da União das Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova

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